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Chama-se inês com i pequeno e um dia vai ser bailarina de caixa de música ou cinderella profissional. Não gosta de palhaços e tem pavor a machucares de coração. Gosta de decalcar sentimentos e remexer em entranhas. Quando fica nervosa morde o lábio inferior ou finge tocar piano nas pernas. Tem o coração pequeno e os olhos grandes, tem os olhos muito grandes.

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30 Cubos de gelo
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sábado, 28 de novembro de 2009
Oh, tu não vens. Eu ia-me pôr bonita para ti. Ia prender o cabelo num rabo-de-cavalo perfeito, e depois ia pôr aquele laço cor-de-rosa para que ficasse exímio. Ficaria em perfeita sintonia com o vestido que ia usar. Sabes qual era? Aquele branco claro. Deves-te estar a rir agora, porque sabes que sou a única pessoa com a mania de que há vários tons de branco. Ele é fantástico para as voltas que insisto a dar no parque, para que vejas a roda magistral que o vestido cria. Gostavas tanto dele. Dizias que parecia um pequeno passarinho com ele vestido. Um passarinho lindo e livre. E eu acreditava, porque tu dizias e eu confiava em todas as tuas palavras naquela altura. Confiava tanto em ti...
Depois ia guardar as minhas coisinhas numa mala muito bonita, mesmo. Não é que tivesse grande coisa para levar, mas fica sempre bem, não é? E ia levar uns sapatinhos bonitos. Não muito, sabes como os sapatos nunca me despertaram o mínimo interesse. Mas bonitos o suficiente para que gostasses. Mas que também dessem para dançar, claro, que tu podias pedir que eu o fizesse. Na pior das hipóteses podias dizer que gostavas menos de mim agora, eu ia ignorar as tuas palavras e fingir que não me tinham magoado, porque já estava preparada para elas. Ia sair de perto de ti, para que não visses o meu estado e ia dançar para me sentir melhor e para ti,para me amares de novo. Porque amamos as coisas bonitas, não é? Então, eu ia estar muito bonita e ia dançar bem. Não havia forma de não gostares de mim assim. Ias gostar muito, e ias-te orgulhar de me chamar tua em frente a toda a gente.
 Mas agora arranquei o laço cor-de-rosa, atirei a mala para um canto, rasguei o vestido branco claro e tirei os sapatinhos. Porque afinal, estou a esperar por ti.
E já deveria saber que não vens..