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Chama-se inês com i pequeno e um dia vai ser bailarina de caixa de música ou cinderella profissional. Não gosta de palhaços e tem pavor a machucares de coração. Gosta de decalcar sentimentos e remexer em entranhas. Quando fica nervosa morde o lábio inferior ou finge tocar piano nas pernas. Tem o coração pequeno e os olhos grandes, tem os olhos muito grandes.

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28 Cubos de gelo
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Qual morrer a dormir qual quê, eu dantes sonhava morrer a dançar. Estendida no palco, depois de fluir docemente por todo aquele espaço por mais tempo do que me era permitido. Com as pernas a tremer e os dentes a tilintar. Com os olhos a fecharem-se lentamente, acompanhando a música que cada vez se tornava menos nítida. Com o coração a bater num ritmo furioso e incessante.
Com todos de pé, a aplaudir. Uma ovação estrondosa perante a revelação de um enorme talento que moldou um impetuoso espectáculo.
Com as faces ainda rosadas por o sangue ter afluido em ambundância àquela zona minutos antes. Penteado desfeito, característico de quem dança por gosto. De quem sente cada movimento em todas as pequenas partículas do seu ser. De quem é feliz apenas desse jeito.
O pano seria corrido no momento em que a melodia terminasse. Suave, leve, simples, bonito. As pessoas continuariam a aplaudir até terem as mãos dormentes. E mesmo depois do espectáculo, nunca ninguém se esqueceria daquela destemida bailarina. Que amava demasiado toda aquela emoção, todo aquele frémito para sair a meio. Que apenas fechou os olhos quando a música terminou. Que aguentou até ao soar da última nota.

E dantes era assim, sonho inocente de rapariguinha ingénua.